domingo, 5 de setembro de 2010

Day 30 — Your Reflection in The Mirror

Começo este texto um tanto quanto chateada, e ao mesmo tempo feliz, por estar encerrando esse projeto de cartas para as pessoas da minha vida. Eu sou a primeira pessoa que eu conheço que as terminou, talvez pela minha facilidade de escrever sobre meus sentimentos, talvez pela minha total falta do que fazer da vida, talvez porque AMO escrever ou porque adorei essa ideia e sempre gosto de terminar tudo que eu começo... Não sei realmente se foi só um desses motivos ou todos eles, mas me sinto feliz de ter encontrado um remetente para cada uma delas, pois de primeira não achei para a grande maioria, mas com o passar do tempo, cada dia uma pessoa se encaixava, e eu consegui encerrar da forma que eu imaginei.
Claro, deixei de colocar pessoas que foram, ou são, muito especiais na minha vida, e até pensei em escrever sobre elas em algum lugarzinho, mas sempre havia alguém que eu gostaria de falar mais, ou que se encaixasse mais na situação. Então, me perdoem vocês, que eu não consegui colocar aqui. Vocês não deixam de ter um lugar dentro de mim e da minha história.
Eu fiquei mais de um mês escrevendo para essas pessoas e, com isso, acho que já passei um pouco para todos o meu verdadeiro eu. Sou construída, afinal, também por eles. Sou um pouco de cada um, um pouco de cada experiência que me fizeram passar, um pouco do que me ensinaram... Se hoje eu sou assim, muito é culpa deles! Das coisas ruins às coisas boas.
Porém, eu interpretei esse último dia, como uma carta à si mesma. Por isso, vou a ela da forma como imaginei escrevê-la.


Hey, você! Oi! Quanto tempo nós não nos olhamos, não é? Você foge de mim, foge do ser frágil que está dentro de ti. Afinal, é muito mais fácil ser forte e confiante.
Você se recusa a olhar todos os detalhes que você não gosta. Afinal, já é o suficiente eu estar aqui, te fazendo pensar que existem MUITAS pessoas melhores, mais bonitas, mais inteligentes e superiores à você.
Fala sério, você sabe que, quando eu resolvo aparecer, você se acha ridícula. Sabe que fica odiando esse seu jeito exagerado, intenso e escandaloso. Mas sabe que, quando eu estou escondida, se acha uma amiga e tanto, uma pessoa super simpática, alguém agradável e que tem um grande carisma.
Você se olha no espelho e até se acha bonitinha, mas, quando eu apareço, só consegue enxergar defeitos e detalhes que nunca passarão despercebidos.
Você se acha inteligente, porque pega rápidos as coisas. Mas aí eu vou e te faço pensar que você não tem nenhum talento, é rasa, não tem cultura e te faço se sentir inferior porque não gosta de, por exemplo, balé clássico, rs.
Você se preocupa com os outros, até demais, ajuda sem nem pensar duas vezes, faz carinho com muita facilidade, vive sorrindo e ouvindo os desabafos de quem te importa. Mas olha, não esquece que já te criticaram por isso, afinal, tudo que você faz é tão INTENSO que as pessoas acham estranho, preferem, às vezes, que você não o faça.
Mas é isso aí. Nós somos essa pessoa oito e oitenta que às vezes quer que tudo mude e outras está tão satisfeita com alguma coisa que quer que isso continue pra sempre. A gente deseja voltar no tempo e ao mesmo tempo adoramos muitas coisas que aconteceram depois. A gente sorri e chora, com a mesma facilidade, e vai do céu ao inferno em uma rapidez impressionante. A gente às vezes odeia uma pessoa e, quando ela nos dá um "boa noite", pensamos que talvez ela não seja tão má assim. No dia seguinte, é bem provável que a gente esteja no maior papo com ela, rs.
Eu te faço se odiar, mas você se ama. Eu te faço querer ser diferente, mas você queria ser essa mesma. Nós somos assim, duas personalidades opostas, mas uma só, Fernanda Azevedo! Não adianta negar, não adianta passar imagem de fraca ou de forte... Porque, afinal, nós somos esta mistura, este sim e este não, este copo cheio e este copo vazio.
E você sabe que eu, o seu lado frágil, sempre estarei com você. E você sempre vai poder se refugiar no meu choro, quando tudo não estiver indo bem.
Um dia, você vai ser mais forte que eu, eu espero, pois não é certo eu ter mais que 50% da sua autoestima. Esse outro lado precisa crescer, me diminuir! Se esforce para isso, por favor! Pois, afinal, eu sou melhor assim, bem pequenininha!

sábado, 4 de setembro de 2010

Day 3 — Your Parents

O que falar dos meus pais? Nossa, são tantas coisas, mas ao mesmo tempo nada que eu consiga passar em palavras!
Meus pais são meus maiores exemplos! São minha base, meu tudo! Eles me deram a melhor educação do Universo! Me ensinaram a ter responsabilidade, a arcar com as consequências dos meus atos, a ser educada com as pessoas, a respeitar todos, a não ir para caminhos errados... Me ensinaram tudo que bons pais poderiam ensinar!
Eles são maravilhosos! Minha mãe é a pessoa mais inteligente que eu conheço e meu pai é o cara mais divertido do mundo! Eles dois são prestativos, dedicados, amorosos, carinhosos... Fazem DE TUDO por mim e pelo meu irmão!
Eu quero ser uma mãe como a minha mãe é, quero ter um marido como meu pai e quero ter
um casamento que nem o deles. Pois os dois estão sempre se apoiando e sendo um o porto seguro do outro.
Tenho muita felicidade de ter dado a sorte de ter nascido nessa família que pra mim é PERFEITA! Nós brigamos, temos nossas diferenças, mas somos amigos acima de tudo!
Eu amo muito meus pais! Muito mesmo! E tenho um orgulho gigante das pessoas que eles são! Maravilhosos, bondosos, são dois anjinhos que estão sempre dispostos a ajudar a todos!
Obrigada por tudo! Vocês são perfeitos! São tudo pra mim! Amo vocês!!!

Day 4 — Your Sibling (or Closest Relative)

Na real, eu não sei o que seria de mim sem o meu irmão. Sério. Tudo bem, ele é extremamente irritante, ele me enche a paciência, ele gosta de me ver brava, ele debocha da minha cara, ele fica me questionando de tudo o tempo todo, ele sempre acha que a culpa é minha... Enfim... Mas ele também é muito fofo, muito engraçado, muito companheiro e sempre lembra de mim. Mesmo que seja quando vai comprar refrigerante pra ele e traz um pra mim também, porque sabe que eu gosto, ou quando vai embora da faculdade na mesma hora que eu e manda mensagem querendo saber se eu quero voltar com ele, porque sabe que eu não gosto muito de voltar sozinha. Ele se preocupa comigo, me liga e fica irritado quando eu não atendo o telefone. Teve um dia que eu comecei a chorar muito e ele trouxe chocolate e Fanta no meu quarto, pra eu melhorar, rs. Ele está sempre do meu lado, por mais que na maioria das vezes seja me irritando, mas está lá.
Ele também é muito engraçado. E eu sempre caio de rir das caras e bocas, dos comentários sarcásticos e dos bichos que ele tem dentro dele (que agora deram um tempo, por acaso, rs).
Te amo muito, Digo! Amo você e os outros três bichos que habitam o seu ser.

A Rafaela, pra quem não sabe, é minha prima que mora comigo. Eu não sei muito bem se é fácil ou difícil viver com ela. Aparentemente, é tranquilissimo. A gente "divide" o quarto, mas o quarto é muito mais meu que dela e ela quase não fica aqui. Ela entra calmamente, só pra dormir ou pra pegar alguma coisa no armário dela e sai. Me deixa aqui sozinha o dia todo, quase não dá pitaco na minha vida. Mas eu dou muito na dela! Até demais! rs. Eu sei que a irrito porque ela acha que tudo que eu falo é porque eu quero ferrá-la, mas ao contrário... É porque eu quero que ela aprenda alguma coisa que eu acho que ela não sabe.
Por exemplo, ela é muito franca, muito direta. Até demais! Eu, que também tenho essa característica, não sou nada perto dela. Ela não tem filtro do cérebro pra boca em nenhum momento. Ela não se empolga com NADA que você faça ou fale. Tudo ela já sabe e fala "ah, eu já sabia disso", e você fica com cara de idiota. Mas o que mais me irrita nela é a mania que tem de imitar os outros. Ela, que pra algumas coisas tem uma personalidade enorme, pra outras é irritante! Gosta de fazer tudo que os outros fazem, fica falando de forma irritante, tentando ser fofa, mas só a torna menos ela e mais outra pessoa. As vezes, me dá vontade de sacudí-la e dizer: SEJA VOCÊ MESMA NISSO TAMBÉM!
Nós vivemos em fases. Tem épocas que estamos "amiguinhas" e ficamos conversando, rindo, nos divertindo, jogando algum jogo em comum... E tem outras que nem nos olhamos direito. E a impressão que eu tenho dela é que ela não se importa com o que eu acho, com o que eu penso, com a nossa relação... Ela não está nem aí! E isso meio que acaba nos afastando.
Ela é uma menina muito dedicada e carinhosa do jeito dela. É prestativa e sei que muito amiga de quem tem a "oportunidade" de ser. E eu amo minha priminha, que é praticamente uma irmã mais nova! *-*


PS: Minha cunhada é uma santa de aguentar meu irmão, viu?! u.u

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Day 27 — The Friendliest Person You Knew For Only One Day

Está bem. Eu não te vi um dia só. Foram, aproximadamente, cinco dias. Mas depois disso, apesar de nos termos no Orkut, nunca mais nos encontramos... O que é normal, né?! "Amizade" de viagem é assim.
Eu não lembro como nos aproximamos. De verdade! Faz muito tempo! Eu sei que ficamos conversando perto da piscina do Vilarejo durante muito tempo! Lembro que nos demos bem de cara, nós três: eu, você e a Rafa. Lembro que contamos histórias das nossas vidas, demos e ouvimos conselhos. Lembro que zoamos os meninos que estavam lá também. Lembro que um deles queria porque queria ficar contigo. Lembro que ele era o AQUILO e o outro era o AQUEEEELE! E também tinham ELAS, que, na verdade, eram dois homens que nós achávamos gays! Hahahaha. Lembro que, no último dia, eu te dei o meu brinco preferido e você me deu o seu, que está na foto, rs. E também lembro que falavámos as três frases "Fechado. Interditado. Parada obrigatória", rs, mas eu não lembro exatamente o por quê. Sei que ficou marcado! rs.
Pois é, você foi uma pessoa MUITO simpática que eu conheci por uns cinco dias, mas que eu adorei muito! Obrigada por aquela viagem! Foi demais!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Day 6 — A Stranger

Eu não te conheço. Não sei nada da sua vida, apenas o que você já falou... E foi pouco. Para mim, você é um estranho. Mas um estranho que mexeu comigo.
Fazia tempo que isso não acontecia. Um tempão que eu não me derretia por algum sorriso, que eu não sorria quando alguém mexia no cabelo ou fazia qualquer expressão no rosto, mesmo que a mais ridícula.
É idiota estar assim. Odeio me sentir desse jeito! Me sinto presa, sem ter o que fazer, sem ter como escapar.
Na verdade, tem uma forma, mas eu não sei se tenho coragem suficiente para fazê-la. Porque quando eu penso em não vê-lo mais, alguma coisa em mim dói. Quando eu penso que assim vai ser melhor pra mim, tem sempre um espaço que apita dizendo "NÃO! NÃO FAÇA ISSO!". E o pior é que eu sei que seria a única saída para algo que está se encaminhando tão rápido.
Ai, essa intensidade que faz parte de mim, que eu nunca me acostumo. Minha vida ia ser bem mais simples se eu não entrasse de cabeça em tudo que eu faço, em tudo que eu sinto. Tudo seria mais gostoso, mais divertido. Mas eu não tenho tempo de sentir o sabor, porque eu não consigo levar só a coisa boa dentro de mim, mas também a ruim. Me sinto feliz, mas ao mesmo tempo muito triste! E essa tristeza tem dias que toma conta, que me aborrece, que me incomoda, que me faz pensar que eu sou uma estúpida, que me faz ter pena de mim.
Você é lindo, é fofo, é divertido e inteligente. E também não faz nem ideia de tudo que eu escrevi aqui. E se fizesse, creio que não ia mudar muita coisa. Mas obrigada por resgatar, lá no fundo, algo que estava adormecido. Um sentimento que eu julgava nem ter mais. Obrigada... Por tudo!