terça-feira, 31 de agosto de 2010

Day 11 — A Deceased Person You Wish You Could Talk To

Hoje faz 16 anos que você morreu. Eu tinha 4 anos e, para falar a verdade, não lembro de quase nada que passamos juntos. A maioria das histórias que eu sei sobre ti são as que me contam.
Eu sei que você gostava dos meus cachinhos, quando eu era pequena, e brincava com eles. Sei que meu pai falava que a gente tinha escovado os dentes e você dizia para comermos um pão do mesmo jeito, rs.
Eu lembro da brincadeira do "Mestre Mandou", que você fazia, enquanto ficava sentado na varanda da sua casa. Lembro quando cochilava e a gente perguntava se estava dormindo e você respondia que estava "descansando os olhos". Lembro da brincadeira da ponte que cai, no quintal. Lembro quando você nos dava balas, aquelas balas com papel azul e bolinhas brancas, que eu acho que eram de chocolate, escondido do meu pai, porque a gente tinha acabado de escovar os dentes. Quem lê nem imagina que você também era dentista, né?! hahaha
Eu lembro do dia que você morreu. Não muito, mas o suficiente. Lembro do meu irmão dizendo para mim e de perguntar se era verdade. Naquela época eu não entendia a real importância disso. Não entendia que eu nunca mais ia te ver, sabe?
Eu não sei como eu consigo chorar quando escrevo isso. Eu nem lembro direito de como você era! Mas acho que essas poucas lembranças são o suficiente pra mexer comigo.
Eu queria entender por que que, quando eu penso em você, me vem uma paz tão grande! Eu sempre sorrio, sinto que você está bem. É uma sensação gostosa! Eu espero que seja verdade!
Enfim, você foi a única pessoa que eu perdi, vô. Eu era tão pequena, quase não aproveitei nada da sua companhia. Queria ter tido essa oportunidade. Mas ao mesmo tempo eu penso que, se isso mexe comigo mesmo tendo convivido apenas quatro anos contigo, imagina se eu te conhecesse melhor, né? Um modo egoísta de pensar, mas quando mexe com o que me dói eu sou um pouco egoísta, assumo. Pois me desculpa, na verdade, eu queria MESMO que você vivesse muito mais do que viveu! Queria que ainda estivesse por aqui! Acho que todos estaríamos mais felizes, porque eu sei, vô, que você era uma pessoa maravilhosa!


PS: Eu até procuraria outra foto melhor, uma mais bonita e comigo, mas agora estou na pressa e meu pai só tinha essa a mão.

domingo, 29 de agosto de 2010

Day 7 — Your Ex-Crush


Pedro! Só de pensar que você é minha "ex-paixão" me dá vontade de rir!! E muito! Porque isso faz tanto tempo! rs. Você foi meu primeiro amor que durou ANOS E ANOS! Aquela coisa bobinha de criança e pré-adolescente! haha. Uma coisa que eu adoro relembrar, pra ficar rindo da minha própria cara. Tão boba.
Sabe, você é diferente. Eu não sei exatamente o que te faz ser alguém que se destaca tanto na multidão. Talvez seja porque quando a correnteza está para um lado, você está indo para o outro. Ou porque um dia você sorri e no outro você dá um fora, rs. Eu não sei, só sei que, por estes motivos e por tantos outros, eu gosto MUITO de você!
É uma pena que a gente se veja tão pouco, mas eu tenho um carinho enorme por ti! Por tudo que você é e por tudo que nós já passamos juntos. Todas aquelas fases conturbadas da nossa amizade. Os grudes, as brigas, os cafunés, os beijos na sua bochecha quando você tinha feito a barba no dia, rs, as risadas, os conselhos... Nossa! Principalmente os conselhos! Você era a quem eu sempre recorria quando alguma coisa estava fora dos trilhos (e na época eram muitas coisas)!
Além de minha "primeira paixão", você foi meu primeiro "melhor amigo", pois sempre foi alguém que eu confiava, que me ouvia, que tinha paciência (até certo ponto, rs), que eu ficava conversando horas no MSN, que sabia como lidar comigo, que eu adorava a companhia e que me conhecia muito bem!
Nós crescemos juntos, Pedrinho! Você faz parte de praticamente toda a minha vida! Você foi muito importante em inúmeras fases dela e em grande parte esteve lá, do meu lado, me dando apoio. Eu te amo e te considero muito! Você é muito importante pra mim! E você sabe que pode contar sempre comigo!

sábado, 28 de agosto de 2010

Day 18 — The Person That You Wish You Could Be

Para uma pessoa com uma auto estima tão baixa quanto a minha, esta carta é um prato cheio. Ótimo momento para descarregar toda aquela vontadezinha que se tem em ser o outro, e não você mesmo.
Só que eu fiquei um tempão pensando em quem eu gostaria de ser que não fosse eu. Fala sério, eu tenho os melhores amigos do mundo, a melhor família do Universo, muita sorte, mil oportunidades e um trilhão de alegrias! Minha vida é recheada de risadas, de momentos inesquecíveis, de pessoas incomparáveis, de sorrisos dados a qualquer um, em qualquer lugar. Então, por que eu gostaria de ser outra pessoa e perder tudo isso que eu adquiri ou que eu já nasci tendo?
É, ta certo, eu queria ter a doçura da Lalá, a beleza da Luane, a maturidade da Paula, a cultura da Ísis, a coragem da Bu, a força de vontade da Deh,... Enfim, gostaria de ter milhares de coisas que eu admiro em outras pessoas! Gostaria de ser "mais isso" ou "menos aquilo". Mas no fim, o que eu mais gostaria, era de ACREDITAR MAIS EM MIM! Me amar mais! Pois ISTO mudaria tudo!
Se eu olhasse pra mim mesma e falasse "nossa, eu sou maravilhosa!", mesmo conhecendo todos os meus defeitos, eu não precisaria querer ser outra. Se eu parasse de me enxergar como um motivo de vergonha, com toda certeza eu seria muito mais feliz!
Então, vou dizer que eu gostaria de ser ESSA "eu", porque um dia eu VOU aprender a ser assim: uma pessoa positiva e maravilhada consigo mesma!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Day 10 — Someone You Don’t Talk To As Much As You’d Like To


Eu lembro até hoje da primeira vez que eu a vi. Ela tava imitando carioca, puxando o 'X' em todas as palavras, meio que forçando demais, o que fez ficar mais engraçado ainda. Eu lembro que ri bastante do "Garçom, me vê uma XCOL ou uma Nova XKIN?" e com as fotos com um capuz na cabeça. Depois daquela noite, quando cheguei no quarto, meu irmão falou que tinha adorado demais aquela menina.
É engraçado que, um ano depois, no mesmo hotel, ela tenha se tornado minha cunhada. Nunca ia imaginar, naquele instante, que eu estaria conhecendo a pessoa que ia fazer parte da minha família um dia.
Nessa segunda viagem eu a conheci melhor. Já tinha passado um ano conversando com ela no MSN e foi quase uma semana em que ela dividiu as atenções entre mim e meu irmão. Lembro que eu fiquei muito feliz com isso, porque achei que fosse ficar sozinha, mas ela não me deixou sozinha, mesmo que estivesse com ele.

Então, dessa vez, eu soube que "mais f*** que ela, tava pra nascer" e ainda ia ser o seu filho, rs. E também soube que ela só tirava foto fazendo bico com outras pessoas, mas não comigo.
Eu não converso tanto com ela quanto eu gostaria, porque, além dela morar longe, nossos horários de MSN quase não batem. Mas eu amo minha cunhadinha paulista e seus olhões verdes, que quando vem me visitar eu fico apertando as bochechas, gravando vídeo, ouvindo voz de criança pela casa e me irritando quando ela resolve debochar de mim, rs.
Dé, você sabe que é muito especial pra mim, que eu fico muito feliz de você fazer parte da minha família e que te acho um ser realmente iluminado, com um dos maiores corações que eu já vi. Você é engraçada, amiga, um anjo que está sempre disposto a ajudar todos a sua volta. Espero que você aguente meu irmão por muitos anos (hahahaha), para estar sempre por aqui! Te amo, cunhadinha linda!


Amiga do coração,
Quando eu te vejo eu choro de emoção,
E quando você vai embora,
Me deixa com catapora!

Chuchuzinha Assada,
Cunhadinha Amada!
Eu Amo Você,
Mais do Que Pavê!

Que saudades de você!
E eu não posso te ver
Porque meu irmão é muito mal!!
Então ta, beijo, tchau!

(Poema feito por mim, para ela, em 2008, eu acho! haha)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Day 19 — Someone That Pesters Your Mind — Good or Bad


Todos os dias, pelo menos um deles, passa pela minha cabeça. Todo tempo, eu penso neles! Eu sempre acordo e durmo pensando em qualquer coisinha que os represente.

"Sálvame del olvido, sálvame de la soledad. Sálvame del hastío, que estoy hecho a tu voluntad!"

Afinal, eu já passei por inúmeras situações iguais as que os personagens passaram, já lembrei inúmeras vezes daquela cena ou outra das minhas séries prediletas, já acordei mil vezes cantando alguma música cantada por eles, já tive altas discussões com os outros sobre qualquer aspecto que os envolvessem, já tive crises de ansiedade por causa de um jogo... Enfim! Eles estão todo mês, toda semana, 24 horas por dia comigo.

"E agora e sempre vai estar preso em meus olhos... Inesquecível em mim!"
Quando eu estou triste, é esse outro mundo que me anima. Quando eu estou feliz, esse outro mundo me alegra muito mais! Foi por culpa deles, meus "ídolos", minhas séries, meus filmes, minhas novelas, que eu passei inúmeros momentos ótimos, que eu conheci pessoas maravilhosas, que eu me transformei no que sou hoje. São aqueles atletas que me enchem de emoção, são aquelas músicas, daqueles cantores, que me fazem arrepiar, são os casais da "ficção" que me fazem sonhar, suspirar, me apaixonar, são também as amizades encontradas dentro dos seus livros e seus programas, que me encantam e me proporcionam alegrias e orgulho por ter amigos tão bons quanto aqueles. E mesmo que pra alguns isso tudo seja ridículo, só eu sei o quanto eu me divirto e esqueço de vários problemas, por causa de vocês. Então, obrigada, How I Met Your Mother, Glee, Cougar Town, F.R.I.E.N.D.S, Giba, Bernardinho, SMV, Harry Potter, Miley, RBD, Anahi e, principalmente, Sandy e Junior! Por terem estado comigo nos melhores momentos e me ajudado nos piores.

"E a você, que ficou com o Harry até o fim!"

domingo, 15 de agosto de 2010

Day 20 — The One That Broke Your Heart The Hardest

A pessoa que quebrou meu coração da pior forma foi uma amiga. Nos conhecemos através de uma conhecida em comum e ela se transformou em uma das minhas melhores amigas, daquelas inseparáveis, sabe? Vivíamos juntas e falávamos tudo uma para a outra.
Ela, que era uns anos mais nova, era muito apaixonada por um menino da minha turma, mas eles não se falavam. Eu também não falava com ele, mas por ela me aproximei daquele tal Guilherme. Foi uma luta, onde dei meu sangue, para conseguir algum tipo, mesmo que mínimo, de confiança, para conseguir apresentá-los.
Um tempo depois, os dois começaram a namorar. E eu acabei ficando amiga dele também. Éramos muito jovens, principalmente ela, o que desencadeava muitos erros no relacionamento, fazendo com que os dois desabafassem, um sobre o outro, comigo.
Seis meses depois, ela terminou com ele para ficar com o garoto que eu era "enrolada". Eu fiquei meio chocada, pois além de ter magoado o meu, agora, melhor amigo, ainda foi com o garoto que eu era a fim. Mas deixei pra lá, afinal, nunca fui de brigar com ninguém por causa de amores.
Os dois não deram certo de cara. Ela até se arrependeu do que fez, mas depois de dois meses, em uma viagem de comemoração do aniversário dela, eles ficaram de romance, agarrados, na minha frente. Eu fiquei muito mal. Achei uma falta de respeito, chorei e me mostrei abalada na frente dos dois. Agi como uma criança, o que eu meio que era, e hoje eu me arrependo.
E foi depois disso que tudo começou a desmoronar. Ele ficou correndo atrás dela, feito um cachorro, e ela dizia que não queria nada com ele. Pelo menos, ela dizia para MIM. Pra ele, era diferente. Como desculpa para não ficar com ele, ela dizia que EU não deixava os dois ficarem juntos. Isso fez com que, imediatamente, ele brigasse comigo, me tratasse como nunca tinha me tratado e me deixasse muito mal.
Quando eu descobri o que estava acontecendo, falei que queria conversar com os dois e ficamos os três frente a frente. Na hora que eu ia começar a falar, ela disse que não interessava a ela NADA que eu fosse dizer, que não queria saber de mim nunca mais e virou as costas, me deixando com cara de idiota na frente dele.
Paramos de nos falar e eu criei um ÓDIO profundo dela. Ela foi a única pessoa, em toda a minha vida, que eu guardei rancor e que não podia escutar o nome. Mas, dentro de mim, eu sabia que sentia falta dela. Sabia que, quando a gente não consegue deixar uma pessoa no passado, é porque ela ainda faz parte de você.
No fim, três anos depois, voltamos a nos falar porque eles, finalmente, começaram a namorar. Como ele ainda era (e é) meu amigo, nos acertamos (por iniciativa dela) e conversamos bastante. Mas, apesar de ter sentido que nossa afinidade continuava a mesma, não fizemos o mínimo esforço para voltarmos a ser amigas. E depois que eles terminaram, menos ainda. Pois tem coisas que nunca voltam ao 100%. E, fatalmente, essa é uma delas.
Você me magoou MUITO, Michelle. Me fez acreditar na sua amizade e depois me traiu, na cara de pau. E o pior de tudo, ainda fingiu que eu era a culpada. Eu nunca vou me esquecer do que você me fez sentir. Mas nós éramos crianças, não tínhamos nada na cabeça, e eu te desculpo. O que eu levo disso tudo, é que, depois de tantas confusões, brigas e problemas, eu só guardo dentro de mim o melhor. Nós, afinal, não fomos "Amigas Unidas Pra Sempre", mas passamos por muitos bons momentos e são esses que vão ficar na minha memória.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Day 21 — Someone You Judged By Their First Impression

Eu os julguei a primeira vista. Realmente. Assim que eu olhei pra cada um, tive uma simpatia imediata. No primeiro dia de aula, logo de cara, fui apresentada a Beta e a Bu. Depois veio o Diego, tirando foto, falando do "Ídolos" e de como queria que as meninas o vissem cantar. Outros três (Ísis, Thiago e PH) vieram com o Biscoito em Quadrados, em uma reunião, na biblioteca da FACHA. E, por último, conheci a Tati e a Fernanda, por serem amigas de vocês. Foram pessoas diferentes, que me receberam de formas diferentes, mas que tiveram uma coisa em comum: Eu adorei de cara!
O que me cativou, de primeira, foi a forma como pareciam com as pessoas com quem eu lido, meus amigos mais próximos. Cada característica de vocês me lembrava um pouco deles. E isso, mais a forma como me trataram, fez com que eu me sentisse imediatamente confortável quando estavam por perto.
Hoje em dia, nossa relação ficou muito mais próxima que naquelas primeiras vezes que nos vimos, como tinha de ser. Alguns mais, outros um pouco menos... Mas todos estão presentes nos melhores momentos que eu passei naquela faculdade até hoje e em alguns dos melhores da minha vida.
Vocês estão sempre me divertindo, me contando histórias, me atualizando do mundo ou me fazendo rir HORRORES! E cada um conquistou um lugar no meu coração!
E agora os adoro por serem como são, sem nenhuma comparação, simplesmente por serem VOCÊS! Fernanda, minha duplamente xará (ela também é Azevedo), sendo sempre super meiga; Tati, com suas revoltas e seus momentos cômicos; Thiago, com sua FOFURA (gente, ele não é o cúmulo da fofura? Mas nos abandonou agora, poxa!); PH, o responsável pelas risadas infinitas (que nos abandonou também, snif); Diego, o eterno chefinho, com sua correria diária; Bu, uma pessoa sublime, com sua delicadeza; Beta, com o mesmo signo que eu e suas histórias de bêbada pela vida (hahahaha) e Ísis, com nossa incrível afinidade e a quem eu admiro muito.
Claro, não estou esquecendo da Lalá, que esteve comigo em TODOS os momentos em que estive na FACHA. Desde a matrícula, até hoje mais cedo quando eu fui a aula. E eu sei que estará comigo até ela se formar, rs.
Vocês se tornaram muito importantes pra mim! E obrigada por me receberem tão bem em um lugar que eu poderia me sentir um peixe fora d'água, se não fosse por vocês!

domingo, 8 de agosto de 2010

Day 29 — The Person That You Want Tell Everything To, But Too Afraid To

Um tanto quanto engraçado eu postar logo esse texto depois do texto passado, mas eu te vi hoje e me inspirei pra isso.
Quando nós éramos menores, éramos inseparáveis. Lembro do quanto a gente chorava, pedindo para passarmos o fim de semana uma na casa da outra. Nossos pais já estavam até acostumados que, depois daquela festa de família, a Luane e a Fernanda iam armar aquele ESCÂNDALO para ficarem juntas. E a situação era quase sempre resolvida da mesma forma: minha mãe convencia seu pai e lá ia você dormir na minha casa.
Nós brincávamos de Barbie, de princesas, aliás, de qualquer coisa. A gente podia ficar em casa o dia inteiro brincando. Quase nunca saíamos quando estávamos juntas. No máximo, quando eu estava na sua casa, íamos para a igreja.
Você cresceu um ano antes de mim. Eu digo "cresceu" quando falo de virar adolescente. Eu ainda tinha 10 e você já tava com quase 12. Essa diferença foi gritante na época, como nunca havia sido. E aí foram as nossas maiores brigas. Eu queria brincar, você queria descer pro play pra socializar com as meninas com quem eu NUNCA me dei bem. Eu ficava chateada, eu brigava com você, você gritava comigo, as duas se estapeavam... E no fim das contas, eu sempre fazia o que você queria.
Você é a prima mais velha. Quando eu era menor, eu te seguia, eu tinha muito orgulho de você, eu fazia tudo o que você pedia, nunca achava que você estava exagerando em nada, nunca achava que você estava errada... Você era sempre certa! A prima perfeita que dançava muito bem, que era (e continua sendo) absurdamente linda, que todos os meus amigos babavam, que eu passeava de braços dados como que mostrando "olha, ela é minha prima, ela é linda e perfeita!".
Depois da nossa pré-adolescência, você começou a trabalhar e namorar sério pela primeira vez na vida. Nós nos afastamos. Eu comecei a conversar mais com o seu (agora ex) namorado do que com você. Eu comecei a ter uma ligação absurda com ele e fui perdendo a ligação com você. Quando dava uma confusão muito grande entre vocês dois, era mais provável eu ouvir o lado dele do que o seu, porque você nunca me falava nada. Você parou de me contar as coisas, a gente parou de se falar, a gente só tirava fotos no Natal, via filmes da Disney e só... Você passou a conversar com os adultos na mesa da sala sobre trabalho. E eu enjoava do assunto que eu não entendia nada e vinha pro computador, ou ficava o tempo todo com o Leo.
Mas acima de tudo isso, eu passei a discordar de você em várias coisas. E nunca tive coragem de falar isso pra você. Por que? Eu não sei. Eu nunca tive coragem de falar que, pra você, só o que você acha importa. Você não abaixa a cabeça para os outros, mesmo que esteja errada. Você é orgulhosa demais, rancorosa, e eu acho isso muito errado. Nunca tive coragem de falar que eu acho que, certas coisas que você faz, são exageradas, e você não vai ser feliz assim. Nunca tive coragem de dizer que eu não gosto quando você debocha de mim, e do quanto você NÃO PERCEBE que eu mudei, que eu não sou mais aquela menininha idiota. Porque você ainda acha isso. Você ainda acha que eu sou daquela mesma forma de quando éramos unha e carne. Eu nunca tive coragem de falar pra você que, apesar de te amar pra sempre, de ser sua prima-irmã pra toda vida, eu te acho muito imatura, às vezes. E não acho mais que você é perfeita e 100% certa em tudo que fala e faz.
Um dia você estava reclamando, de brincadeira, que ninguém nunca ficava do seu lado. Eu respondi que eu ficava. Você olhou pra mim e disse: "tem certeza?". É, eu não tinha certeza. Pra falar a verdade, na maioria das situações eu ficava "do outro lado". Mas, apesar disso, eu te amo, prima! Te amo de verdade! Você vai ficar comigo pro resto da vida. E sei que as reuniões de família daqui há 15 anos, mais ou menos, vão ser organizadas pela gente, rs. Mas para que isso aconteça, eu preciso perder esse medo que eu tenho de falar tudo isso que eu sinto pra você.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Day 26 — The Last Person You Made a Pinky Promise To

Você foi a última pessoa a quem eu prometi uma coisa. Mas não vai ser dessa promessa que eu vou falar, até porque eu não poderia falar dela, rs. Eu quero escrever aqui daquela promessa que eu fiz há um tempo, aliás, umas mil vezes. Eu te disse que NUNCA, nunca mesmo, eu ia deixar de te considerar um primo. Te prometi que nunca ia esquecer de você, que a sua foto ia continuar no porta-retrato, não importa o que acontecesse.
Se a gente for considerar na técnica, você nunca foi meu primo. Oras, você só namorava com a minha prima, nem casado com ela você era, rs. A gente não tem o mesmo sangue, a gente não tem os mesmos avós, a gente não tem o mesmo sobrenome... Mas o que isso importa? Pra mim não muda em nada. Eu te considero muito mais do que alguns dos meus de sangue, eu gosto muito mais de você do que alguns deles. E você tem coisas muito parecidas comigo! Acho que se eu juntar tudo dos meus outros em um só, não vai ter tanta coisa em comum quanto como eu tenho com você.
Hoje em dia as pessoas a minha volta já te conhecem como meu primo. Se eu falo de você, já vem alguém "ah, seu primo?". É, ele mesmo. Aquele bobão, que eu morro de saudades, que eu tenho vontade de chorar quando não aparece mais nas reuniões de família, porque, pra mim, ele faz parte da MINHA FAMÍLIA! Ele tinha que estar ali, poxa! Aquele implicante, que adora me ver irritada, aquele que eu posso conversar de coisas idiotas até coisas sérias, aquele que tem o MELHOR ABRAÇO DO MUNDO! E aquele que eu quero que seja MUITO FELIZ! Com quem for e onde for.
Desde o primeiro momento, Leo, eu olhei pra você e tive uma boa impressão. Não foi a toa. Você é uma das melhores pessoas que eu já conheci, com um dos maiores corações do mundo e uma das pessoas que eu MAIS GOSTO NO UNIVERSO! Eu te amo! Pra sempre!
Ah! E vê se não vai arrumar uma prima de alguma namorada pra me substituir não, hein? Te mato!!!!!!!!! rs
Beijos, to com saudades, peste! =P

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Day 22 — Someone You Want To Give a Second Chance To


Eu não sei se é esse o título perfeito para o que eu estou pensando em escrever aqui. Eu não queria dar uma segunda chance a você, mas eu queria uma segunda chance à nossa antiga amizade.
Você sabe, você sempre vai ser minha amiga, sempre vamos ter um carinho grande uma pela outra, por tudo que passamos, por termos crescido juntas, enfim... Mas é que ultimamente eu não sinto mais a gente assim. Para falar a verdade, às vezes parece que somos meras conhecidas.
Quer dizer, as coisas mudaram. Você mudou. Eu não mudei. Talvez seja esse o problema. Eu continuo a mesma boba, idiota, de antes. A mesma tonta que ama Sandy e Junior e que deseja coisas banais, como ir ao camarim do show, como antes, rs. Você, sim, cresceu. Você virou uma menina cheia de histórias, de romances, de aventuras, umas boas e outras ruins... Cheia de coisas pra contar. E eu não acho isso ruim. Não mesmo.
Em um post no seu blog você disse que se adapta de acordo com a pessoa que você está. E eu concordo. Pois, às vezes, em um raro momento, eu volto a ver a antiga Lívia. Quando a gente foi no show juntas, quando a gente foi à praia... Para falar a verdade, quando estamos só nós duas, seja no Twitter ou pessoalmente, eu sinto que aquela é a minha antiga amiga, que está aí dentro, escondida, e só aparece quando estamos só nós.
O problema é quando estamos em um grupo. Eu não sei o que acontece com você. Talvez queira tirar onda, ou talvez seja essa sua faceta em um grupo, mas você ta sempre contando as mesmas histórias mirabolantes, cheias de gente rica, de boates, bebidas e mil garotos. Histórias essas que as vezes me esgotam.
E também, você sempre acaba me dando um fora, ou me tratando como se minha opinião fosse a menos importante e como se o que eu quero fosse sempre inferior ao que você deseja. E isso me deixa com raiva! Aliás, essa mania de me colocar pra baixo vem desde que éramos grudadas, eu até já me acostumei com ela. Porque, por exemplo, a Fê você não zoa, a Fê você não fica rindo da cara dela na frente dos outros. Mas comigo você sempre fez isso, e eu sempre encarei normalmente, já era da sua personalidade. Só que, ultimamente, eu ando me irritando demais, ando perdendo a paciência com essa sua mania de me ridicularizar na frente dos outros. Tenho vontade de te matar, às vezes.
Eu juro que eu tentei, de todas as formas, resgatar o que tínhamos antes. Eu vi "Gossip Girl" e tentei puxar o assunto com você. Eu tentei me interessar pelas suas histórias com os seus garotos. Eu tentei me preocupar com você, como me preocupo com todos os meus amigos. Mas em todas as vezes você me cortou. O único momento que você me dá um pouco de atenção é no Twitter.
É, nós éramos iguais. Gostávamos das mesmas coisas. Éramos as bobinhas, que eram zoadas por toda a turma. Nós íamos atrás de Sandy e Junior, fazíamos um rolinho com "Nós amamos vocês!", ficávamos no telefone o dia todo, gravávamos vídeos, cantávamos no DVDokê, dançávamos as coreografias... Lembra? Lembra de quando cantamos "Imortal" na frente da escola toda e eu fiquei com medo de desafinar e engrossei a voz do nada? E que a gente ficou se cutucando? HAHAHA. Lembra de quando fizemos uma coreografia para o Festival Criativo e não
deixaram a gente dançar porque éramos só duas? rs. E quando você foi pra Brasília, você me mandava mensagem no celular com um "oi!", rs. Sinto falta dessa época, e é pra ela que eu queria dar uma segunda chance. Para aquela antiga amizade de risadas e união.
É isso. Eu não espero que você mude, que você volte a ser como era, porque eu vou esperar em vão. Eu aceito a sua loucura, eu aceito suas mudanças... Eu só queria que você não tivesse mudado tanto, sabe? Queria que você ainda fosse um pouco a antiga Lívia, que eu tanto me divertia. Porque eu te amo e sinto sua falta. De verdade.

2003-2005-2007
Meu Deus! Como melhoramos!!!!!!!!!

Day 25 — The Person You Know That Is Going Through The Worst Of Times


Enfim, seu dia chegou. Não que você tivesse me cobrando, mas as pessoas a sua volta tem uma certa mania de dizer que eu te considero mais ou menos porque eu demoro um ou dez dias pra escrever pra você. Ai, ai... Tenho preguiça disso.
O que importa é que você sabe o quanto é importante pra mim. Se não fosse, eu não faria questão de te ver todas as férias, de pedir que você fique aqui comigo ou de, mais recentemente ir pra sua casa. Aliás, lembra que você disse que viu que eu realmente te amava quando eu fui até aí de metrô, sozinha? rs. Ta vendo? Isso não é pra qualquer um, não, hein?
Todos os momentos que a gente passa são demais, principalmente quando estamos inspiradas. Lembro de tudo, desde a primeira conversa por Orkut, até agora, que por acaso eu estou falando com você enquanto eu escrevo isso. Lembro da primeira vez que eu te vi, do dia que ficamos 5 horas no telefone, do encontro biônico de Natal em que arrasamos muito, das zoações com o Orkut alheio, do show dos Jonas, que depois ficamos largadas no chão aqui de casa, morrendo de cansaço e fome, do "É O BRUUUUUUUUNOOOOOOOOOOOOOOO!", hahahahahhahaha... Enfim, todos os momentos loucos que passamos.
Eu sei que eu sou grossa, fico te dando fora e broncas e que sou fria, enquanto você é muito carinhosa, mas eu te amo, minha Alyen predileta. Você é uma das minhas melhores amigas, é um anjinho na minha vida e me diverte demais. Afinal, só você consegue me consolar com a frase mais fofa do mundo, né "ingrediente secreto das meninas superpoderosas?".
Te amo demais! Demais mesmo! Quero te ter na minha vida pra sempre, coisa maluca! E eu sei que você vai estar do meu lado em todos os meus piores e melhores momentos, porque você sempre esteve lá e sei que não vai me abandonar.
E, por último, com você aprendi uma coisa muito sábia: agora eu sei que, para achar a solução dos meus problemas, eu só tenho que ANDAR EM CÍRCULOS, simples! Huaehuaehea. =P

Te amo!


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Day 23 — The Last Person You Kissed

Então... Você não foi a última pessoa que eu beijei, mas encaixei você aqui, porque talvez tenha sido a última com sentimento.
É estranho pensar nisso hoje em dia. Eu não te vejo mais como uma antiga paixão, nem nada assim. É incrível como não restou NADA, nem um risco de constrangimento. Acho isso tão legal! É tão divertido ser sua amiga depois de tudo. Acho que foi um final muito maduro de nossa parte, rsrs.
Você é uma ótima pessoa. Apesar de ser implicante, é divertido e ta sempre pronto pra tudo. Não importa onde a gente vá, que horas e que dia, você ta lá. Isso é muito legal, pois mostra o quanto você se preocupa em manter a amizade de todos nós. A gente não te esquece e você não se deixa ser esquecido.
E tem a Paulinha agora, que já entrou de vez no grupo. É incrível, vocês dois são a prova de que "almas gêmeas" existem, sabia? Quando eu olho pra vocês, vejo duas pessoas totalmente conectadas, totalmente amigas e feitas uma para a outra.
Eu admiro muito o namoro de vocês! Acho que vocês se encaixam e me fazem acreditar no amor. Além de que, é claro, ela é uma pessoa maravilhosa. E eu não tenho nem palavras do quanto eu sou agradecida pela forma como ela me tratou em 2006 e o quanto ela foi demais comigo. Hoje em dia, o nosso relacionamento é ótimo! Graças a ela e a maturidade dela, viu? rs. Você escolheu bem.
É isso. Já que eu falei dos dois: eu adoro vocês! Vocês já são parte da minha vida e eu espero que a gente caminhe sempre juntos. Eu torço muito pelos dois!


domingo, 1 de agosto de 2010

Day 12 — The Person You Hate Most/Caused You a Lot of Pain

Sabe, eu lembro até hoje que na 3ª série do Ensino Fundamental/Primário, você foi meu amigo. O mais engraçado é que eu tinha 9 anos e gostava do Pedro, eu e Fê eramos apaixonadinhas por ele e você soube. E aí você nos disse assim: "Vocês não deveriam gostar do Pedro. Ele não merece vocês duas, vocês merecem alguém melhor."
Sim, você tinha 9 anos e me disse isso. E aí, no ano seguinte, na 4ª série, você organizou um grupinho para me xingar e me fazer sofrer.
Até hoje eu fico pensando o que mudou de um ano pro outro. O que te fez, de uma hora pra outra, me odiar profundamente e ficar colocando todas as pessoas que não me conheciam contra mim. Eu sei, eramos crianças, e criança a gente não entende. Mas eu realmente fiquei muito tempo encucada.
E aí você me fez passar os piores momentos da minha vida. Eu lembro quando você me humilhou na porta da escola, na frente de todo mundo, cantando, junto com os seus amiguinhos, que eu era gorda, ridícula, e etc. Lembro quando você ficava fazendo comentários durante a aula, me xingando, me envergonhando, na frente de todos os professores. Lembro quando você, por ser popular, fez todos os garotos da turma me odiarem e falarem coisas de mim, sem nem me conhecer. Lembro quando, já no SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO, eu passava no corredor e você e seus amigos ficavam debochando de mim. Lembro que quando eu explodi e comecei a chorar, dizendo que não aguentava mais, você me chamou de maluca e falou que eu estava exagerando. É, exagerando.
Você por acaso, algum dia, passou por isso? Você já teve que aturar tudo que eu aturei de você, fingindo que não ligava, com a cabeça erguida, sendo que por dentro estava querendo chorar? Já chegou em casa e já disse, aos prantos, que a sua turma inteira te odiava, principalmente por causa de um garoto que se achava a última bolacha do pacote? Você já teve que aturar isso tudo durante 7 anos da sua vida? Você já passou por isso? Então não venha me dizer que, naquele dia, eu estava exagerando. É exagero, depois de SETE anos de humilhação, eu explodir?
Eu sei, você não ficou no colégio durante esses sete anos, foi e voltou. Mas, antes de você, ninguém nunca perdia o tempo implicando comigo. Foi graças a você, e seu ódio repentino, que todos acharam que era melhor me zoar do que ser meu amigo.
Eu te odiava. Te odiava TANTO! Não sei se você lembra, mas teve um dia que você quis mudar de lugar porque tava frio e sentou na minha frente. E eu mudei de lugar. Porque eu tinha NOJO de me aproximar de você. Eu te desprezava. Eu não queria chegar perto de você por nada neste mundo.
E aí, chegou o terceiro ano, e nós crescemos, você parou de me xingar e eu comecei a ir com a sua cara de novo. Inacreditável, mas sim. Eu comecei a te achar engraçado, a ver um menino legal por trás daquele idiota que me deu os piores momentos da minha vida. Eu lembrei do quão incrivelmente inteligente eu te achava. E do quão bonito você ficou. Surreal, mas eu passei a te ADMIRAR! E ao mesmo tempo eu passei a ter pena de você. Eu via todo o seu potencial e o quanto estava o desperdiçando com as burradas que você fazia na vida.
Aí teve o amigo oculto da turma, e eu te tirei. E fiz um dos discursos mais fofos que eu já fiz pra alguém em um amigo oculto. Depois dali, você passou a me suportar, eu acho. A gente até conversou algumas vezes.
E enfim, chegou a formatura, e você ELOGIOU o meu trabalho e o da Bruna. Você olhou pra mim e disse que ficou tudo ótimo. E eu fiquei feliz! Eu fiquei feliz e reparei que eu ME IMPORTAVA com o que você pensava. Eu realmente queria que você gostasse de tudo, assim como todos os outros. E depois, na festa, último dia que a gente se falou, eu te disse: "eu sei que você não gosta de mim, mas eu gosto muito de você e te acho uma pessoa muito inteligente, que vai ter muito sucesso na vida, se você quiser". E você me abraçou e me deu um beijo na bochecha, e disse que gostava de mim. Talvez você estivesse muito bêbado e nem lembre disso. Mas eu lembro. Depois de tudo, isso foi o que mais ficou marcado.
A gente já se cruzou umas três vezes pela rua depois de formados. E a gente finge que não se conhece. Acho ótimo, não queria te conhecer mesmo. Eu acho que nunca queria ter te conhecido. Apesar de não te odiar e de ter um, quase impossível, carinho por você, teria sido melhor assim.